sexta-feira, 16 de agosto de 2013

As universidades e a relação com as redes sociais digitais

As universidades e a relação com as redes sociais digitais
ou poderíamos dizer ? "Les universités sont de réseaux sociaux "

Facebook, Twitter, Youtube, Instagram, Google+ , Itunes, enfim todas as "antigas" e novas mídias sociais são armas poderosas não só dentro da sala de aula ou na administração, mas também no recrutamento de jovens na universidades de todo mundo.  Quando digo "antigas" me refiro a aquelas mídias não tão assim usadas atualmente como myspace, Flickr, e até mesmo algumas locais utilizados em países específicos. É preciso lembrar que não faz tanto tempo assim que as aplicações da Web 2.0 aceleram as práticas de trocas entre os indivíduos favorizando a emergência destas diferentes e inúmeras mídias sociais. Foi a partir de 2004, que elas nos proporcionaram a “capacidade de falar no contexto criado por outros” (Siemens et Tittenberger, 2009)

Conscientes dos usos e da importância desses espaços não só para os jovens entre 16 e 49, mas também para aqueles acima da cinquentena, as universidades investem alto  nestes espaços.

A exemplo, universidades prestigiadas como Harvard, mantém uma página dedicada a todas as suas mídias sociais. Tudo isso para que o usuário que deseje contatar uma faculdade específica ou mesmo enviar uma questão sobre como se candidatar a um programa, tenha a possibilidade de fazê-lo via rede social. Sem citar Facebook, Twitter ou Youtube, Harvard tem mais de +175 mil usuários que o seguem apenas no Google +. Outras universidades também não ficam atrás, e desde que as mídias sociais aparecem no cenário, divulgam nestes espaços informações sobre a vida acadêmica no campus e fora dele. Informações estas que permitem aos futuros e atuais alunos conhecerem e a prestigiaram suas universidades - compartilhando o que lhe interessa nos seus perfil pessoais ou de amigos, ou deixando comentários nos post. Tudo é divulgado! Ter uma revista web que publique as notícias e um agregador RSS deixou de ser suficiente. Tudo deve ser publicado e também nas redes sociais, e com uma linguagem e uma maneira simples para encantar o leitor. Um outro exemplo, no Facebook, a Universidade de Montréal investiu no atendimento personalizado de futuros candidatos. Alunos-embaixadores ajudam interessados a estudarem na Université de Montréal através de um grupo de discussão dedicado à responder e acompanhar alunos nos seus processos de admissão. (http://tinyurl.com/fbudem). Ela também mantém uma pagina dedicada às suas mídias sociais.

Como disse, que seja um recurso de aprendizagem ou de ensino, no âmbito da educação essas ferramentas também se tornaram poderosas ferramentas de comunicação entre a universidade, o estudante e futuro estudante e seus pais.

Apenas para atualizar um pouco as informações, pois estive um pouco afastada do blog, sem oportunidade para escrever, conheça os principais pontos e tendências sobre as mídias sociais obtidos na pesquisa de número 1 da Global Web Index realizada em 2013 com 35.000 pessoas em 31 país, inclusive o Brasil, que está sempre entre os maiores utilizadores destes espaços web.

  • Crescimento rápido do Twitter;
  • Mídias sociais locais continuem sendo menos usados no mundo inteiro, exceto na China e na Rússia.
  • Os telefone inteligentes tem um papel importante na utilização e em tempo real das mídias sociais
  • Os internautas mais velhos estimulam o crescimento das mídias sociais em nível mundial.
  • Google + continua a mídia social de número 2 no mundo com 359 milhões de usuários ativos por mês.
Na realidade, a relação que as universidades mantêm com esses espaços é muito próxima e estratégica, seja do ponto de visto do ensino-aprendizagem que também serve para fazer o  marketing, ou do próprio mkt propriamente dito. Esses espaços são também espaços de ajuda, de proximidade do usuário. Mesmo que a universidade esteja a quilômetros de distância essa comunicação é essencial no processo de atrair talentos para a universidade. E é essa relação social e de comunicação, e muitas vezes de confiança, que também faz a diferença na hora escolher uma universidade ou de prestigiá-la!!


Fontes:

domingo, 24 de março de 2013

Teoria das Redes Sociais - referências

Teoria das Redes Sociais

Construido no espírito da colaboração e do open source, esta página desenvolvida Mike Wadeda, ex-professor da Universidade de Yorku, no Canadá, contém ótimas informações de base sobre a Teoria das Redes Sociais.
Como é de esperar Barnes é citado como o primeiro autor a estudar esta teoria : J. Barnes: first to study social networks-  Barnes, J. (1954). Class and Committees in a Norwegian Island Parish. Human

Boa leitura!
Sirléia


https://docs.google.com/document/d/15OdjDA1-WRDcWAB9HfIiJYoYjL440aqaNq13HUyElv8/edit?usp=sharing

T h e o r i e s   U s e d  i n  I S  R e s e a r c h
S o c i a l   N e t w o r k   T h e o r y

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Palestra no Brasil via webconferência e fórum de discussão

Recentemente, tivemos o prazer de apresentar os resultados da pesquisa nacional canadense intitulada  O potencial das mídias sociais na formação à distância: O perfil tecnológico de estudantes canadenses em formação à distancia e os determinantes do interesse em colaborarem e utilizarem as mídias sociais, no Simpósio Internacional de Educação a Distância e Encontro de Pesquisadores em Educação a Distância SIED:EnPED, organizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). 

Como palestrante convidada, durante a etapa virtual realizada em setembro deste ano, pudemos, através do forum de discussão compartilhar dados desta pesquisa, fazer contatos e realizar uma pequena enquete sobre o perfil tecnológico de tutores e design instrucionais para o uso de mídias sociais na EaD. Dados estes que servirão explorar o assunto, tendo em vista o perfil destes profissionais no uso destas novas tecnologias na EaD.


Além da webconferência que teve data e dia específico, os participantes puderam visualizar um vídeo, onde apresentamos a pesquisa, e acessar outros materiais como o texto resumido do trabalho (ver resumo abaixo).

O vídeo e os outros materiais foram disponibilizado via moodle, e agora para compartilhá-lo publicamente, coloquei-o no youtube: 



Segundo um dos organizadores do Evento, o professor Daniel Mill, a Etapa virtual, do simpósio, realizada no périodo de 10 a 20 de setembro de 2012 contou com um número total de 657 participants.!! Bravo!!


O potencial das mídias sociais na formação à distância
O perfil tecnológico de estudantes canadenses em formação à distancia e os determinantes do interesse em colaborarem e utilizarem as mídias sociais

Bruno Poellhuber (Université de Montreal)
Sirléia Ferreira Rosa (Université de Montréal)

Resumo
As mídias sociais e as aplicações da Web 2.0 são adotadas de maneira muito importante por uma parte significativa da população para fins sociais e recreativos (Smith, Salaway et Carujo, 2009). Enquanto as aplicações educacionais dessas ferramentas  estão começando a se desenvolverem, as instituições que oferecem formação à distancia estão vislumbrando os benefícios em potencial dessas ferramentas para firmar as interações entre estudantes, ou entre tutores e estudantes, aspecto esse muito importante considerando o problema da alta taxa de abandono dos cursos, freqüente na EaD. No entanto, sabemos pouco sobre o grau de preparação ou de interesse de estudantes de cursos à distancia à utilizarem de maneira eficaz essas novas tecnologias. Para analisar estas questões, um questionário on-line foi distribuído a estudantes de quatro grandes instituições canadenses de educação a distância no ensino superior. Por meio de uma coleta sistemática de dados, 3462 (n) questionários foram respondidos.  O interesse a colaborar com os pares, e o interesse a utilizar as mídias sociais para aprender, foram analisados em relação a muitas variáveis teoricamente relacionadas, usando equações de regressão e análise tipológica. Tendo caracterizado o quadro dos dados, este estudo foca suas análises na seguintes variáveis: o interesse em colaborar com outros estudantes; a experiência com as mídias sociais e o interesse em usá-las para a aprendizagem à distância. Os resultados deste estudo demonstram que a preparação e o interesse dos estudantes por usar essas ferramentas dependem da instituição, das preferências de aprendizagem, da experiência prévia com trabalho em equipe e da atitude frente à tecnologia.  Correlações com idade e gênero estão presentes em muitos indicadores tecnológicos. Homens e jovens estudantes apresentam melhor desempenho em quase todos os indicadores, incluindo preferências de cooperação. Os limites deste estudo, os desenvolvimentos futuros e as questões de pesquisa são apresentados.
Palavras-chave: formação à distância; perfil tecnológico, mídias sociais; colaboração; webconferência; evasão





POELLHUBER, Bruno ; ROSA, Sirléia Ferreira Silva . O potencial das mídias sociais na formação à distancia : O perfil tecnológico de estudantes canadenses em formação à distancia e os determinantes do interesse em colaborarem e utilizarem as mídias sociais. In : SIED:EnPED, 2012. São Carlos; Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Curso sobre a análise de redes sociais - universidade de Michigan


Olá à todos !

descobri recentemente que a Universidade de Michigan oferece um curso sobre Análise de Redes Sociais. Com a abordagem bem tradicional sociológica e anglo-saxônica de ARS já conhecida, o curso me parece bem prático. Além da teoria, o participante irá conhecer softwares que permitem fazer o mapeamento de redes. 

No que se refere à essa metodologia,  nos pesquisadores em educação, a exploramos pouco, ou quase nada. Em se tratando de algo muito usado na sociologia, me pergunto do porquê desta pouco utilização.  Por exemplo, porque não utilizar esses softwares para, mais do que compreender a forma, densidade e estrutura da rede, ir além e se questionar por exemplo: como se dá a interação entre os alunos e tutores na EaD? Quando e por quais razões eles se conectam e a quem eles se conectam. Como acontece a aprendizagem social (Bandura) nestes espaços- algo novo e que defendo na minha tese?  e etc... etc. Em resumo, um método quantitativo como é o caso da ARS pode muito bem ajudar na interpretação de dados qualitativos em pesquisa etnográfica (virtual), exploratória, seja ela em comunidades existentes virtualmente ou não.

Quanto ao programa do curso, sem desmerecer os demais itens, o item da semana 8 é mesmo interessante. Ele se chama  SNA and online social networks (Facebook, LinkedIn, Twitter). Este item me leva a pensar, em como este método - a análise de redes sociais- pode nos ajudar a entender os usos destes espaços (sites de redes sociais) e os seus usuários. Como disse acima, podemos ir além da estrutura e fazer análises qualitativas a fim de responder à questões inerentes à problemas recorrentes na área de educação ou da educação à distância.

Querem saber da boa notícia? O curso é gratuito! Isso mesmo, basta fazer seu cadastro e se logar. Veja aqui todo programa do curso e demais orientações: https://www.coursera.org/course/sna

Até +

terça-feira, 19 de junho de 2012

Infografia das mídias sociais 2012


A cada ano Fréderic Cavazza nos presenteia com um novo panorama das mídias sociais. Seus esquemas nos fornece um ótima visão dos seus usos sociais e através dos mesmos somos capazes de identificar não só a presença de uma determinada mídia no cenário digital, mas também o seu papel, o lugar que ela ocupa na rede e o uso que os internautas fazem dela.

Vamos conhecê-los:

Panorama de 2012 



http://www.fredcavazza.net/2012/02/22/social-media-landscape-2012/


Panorama de 2011



Panorama de 2009


http://www.fredcavazza.net/2009/04/06/une-nouvelle-version-du-panorama-des-medias-sociaux/



Panorama 2008


http://www.fredcavazza.net/2008/05/19/panorama-des-medias-sociaux/


Um resumo:






E aqui uma comparação feita em 2011



A versão do seu último artigo (Cavazza, 2012) está disponível  em inglês e em francês.
Boa leitura!

inglês : http://www.fredcavazza.net/2012/02/22/social-media-landscape-2012/
français: http://www.mediassociaux.fr/2012/02/20/panorama-des-medias-sociaux-2012/)


segunda-feira, 7 de maio de 2012

O que é geração Y?

As gerações e a internet


Sabemos que em educação é importante conhecermos o perfil dos alunos para melhor planejar nosso ensino, adequando metodologias e estratégias a fim de atingir nossos objetivos de aprendizagem. Hoje mais do que nunca, com as redes sociais e todas esse leque de opções que a Web 2.0 nos permite, entender esse perfil implica também em atualizar-se e inovar nossa prática pedagógica. Nesse sentido, para nos ajudar a entender as necessidades particulares destas diferentes gerações de jovens e de adultos, sobretudo aquelas ligadas ao uso da internet e do computador, hoje vamos discutir as chamadas gerações (C, Y, X.....). 


A primeira, chamada de Geração C (que tem hoje entre 16-24 anos) é a geração do conteúdo, da criação, da colaboração. Aquela que devido à uma mudanças culturais e tecnológicas, sobretudo das TIC, nascem e crescem com acesso à internet e ao computador. São aqueles que utilizam a internet para comunicar, colaborar e criar como jamais foi feito antes na web. 


Essa geração com o passar do tempo, agregou uma outra (ou o contrário - como vamos ver mais à frente), a chamada  Geração Y: 





Definindo as gerações

Num pequeno resumo, considerando o ano de 2012, as gerações são assim categorizadas:

16-24 ans (génération C), 
25-32 ans (génération Y); 
33-40 ans (génération X); 
41-48 ans (génération X) 
et les 49 ans et plus (baby-boomers). (Poellhuber & Rosa, 2012 mimeo)

O vídeo acima ajudou a identificar um pouco as gerações não foi? Mas você deve estar se perguntando, onde está a geração C no vídeo. Na literatura, apesar de algumas divergencias no que diz respeito ao ano de nascimento e a relação com a geração, a diferença não é tão importante que dificulte a identificação das categorias e ajude a melhor identificar o perfil do aluno e adaptar estratégias de ensino e de aprendizagem. A segunda geração, esta chamada de Geração Y  é representada por aqueles que tem hoje entre 25-32 anos. Como disse, existe uma tendência na literatura em colocar as duas gerações (C e Y) como sendo uma única categoria, a Y. 
Por exemplo, um importante centro de pesquisa que publica informações sobre questões e tendências sobre o impacto da internet na América do norte e no mundo, o Pew Research Center, identifica no relatório abaixo de 2010, as gerações C e a Y (18 a 33 anos  1977-1992) em uma unica geração chamada Millennials. Diferente do vídeo anterior que separa as duas categorias.




A partir de 2004 todas essas gerações, com avanço e desenvolvimento da web (web 2.0) e do chamado UGC  (User Generated Content), onde o conteúdo além de ser gerado pelo usuário, permite outras formas de colaboração, de compartilhamento de comunicação e de participação surgem na web. A nova web, a web 2.0 e o UGC é representado fortemente por softwares de redes sociais ou as chamadas mídias sociais, como por exemplo, sites de redes sociais (facebook, orkut, myspace, e etc); sites de compartilhamento de vídeos (youtube), blogues, wikis, sites de publicação de fotos (Flickr, Picasa), Twitter, Mundo virtual (second life); favoritos (ex. delicious, diig), videoconferencia web, sites de música.. etc. . Todas essas mídias sociais, sem dúvida, modificam a vida de todas gerações até aqui criadas e discutidas. 

Um estudo da Pew Research Center, 2010 e da Experian Simmons, 2010 demonstram que não só os jovens e jovens adultos usam as mídias sociais, mas que o seu uso por adultos e a terceira idade aumentou consideravelmente nos últimos dois anos (em termos estatísticos ).

Se quiser aprofundar no assunto acesse:
http://www.pewinternet.org/Reports/2010/Generations-2010/Overview/Findings.aspx
Experian Simmons (2010). Social Networking Report. New York (p. 11). EUA. En ligne http://www.experian.com/assets/marketing-services/reports/simmons-2010-social-networking-report.pdf

Mídias sociais no Québec

http://www.teluq.uquebec.ca/siteweb/actualites/pilot/pages/sondageweb2.html

http://www.cefrio.qc.ca/fileadmin/documents/Publication/NET_1-MediasSociaux_finalavecliens_.pdf


fonte do vídeo:http://www.hipertexto2012.com.br/



quarta-feira, 21 de março de 2012

ACFAS 2012 Les médias sociaux pour la formation des immigrants adultes - l’intégration par réseautage social

Sirléia FERREIRA ROSA UdeM - Université de Montréal, Bruno POELLHUBER UdeM - Université de Montréal
Les médias sociaux pour la formation des immigrants adultes - l’intégration par réseautage social
http://www.acfas.ca/evenements/congres/programme/80/500/537/c
L’intégration des immigrants est une réalité complexe qui conduit le gouvernement du Québec à déployer des programmes d’intégration et d'aide financière, et surtout à offrir des services de francisation, perçue comme élément essentiel d’intégration socio-professionnelle. Mais l’intégration demeure difficile, comme en témoigne le taux de chômage élevé des immigrants. 
L’intégration impliquant l’apprentissage de plusieurs facteurs (politique, social, culturel, économique), les médias sociaux (p.ex. facebook, linkedIn, blogues, wikis, twitter, etc) permettent aux immigrants de s’informer sur la société d’accueil, les services gouvernementaux et le marché du travail. Via le réseautage social, ils observent leurs pairs dans un domaine donné et consultent leur diaspora. Grâce aux TIC, ils maintiennent des liens avec la société d’origine (bonding), et en créent de nouveaux avec la société d’accueil (bridging).
L’apprentissage résultant devient moyen d’intégration, et suscite la réflexion sur les méthodologies et stratégies d’accueil et de formation. 
Plusieurs questions se posent: Quelle est l’efficacité des médias sociaux sur l’apprentissage de la société d’accueil dans les cours de francisation présentiels ou en ligne? Quelle serait la nature de cet apprentissage et comment s’établirait-t-il dans ces plates-formes?
Pour y répondre, on propose une recherche exploratoire et descriptive ayant comme méthode une étude de terrain avec observation participante et analyse de contenu.